quarta-feira, 14 de agosto de 2013

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#004 – Na Falta do que fazer...

20:01

“Na falta do que fazer
Inventei a minha liberdade”
Engenheiros do Hawaii  - Surfando Karmas e DNA – SK&DNA

                O que eu sei sobre música?  Só a vivência. Não, não sou um músico experiente, aliás, nem posso me considerar músico direito... Teoria? Bom, talvez eu saiba tanta teoria musical quanto o Dee Dee Ramone, ou quanto a Meg White sabe tocar bateria.
                Talvez música, meu caráter tenha sido um pouco pior do que é hoje. Enfim, lembro-me de tempos de infância idos, onde o café da avó fervia no bule e um rádio valvulado tocava Teixeirinha, Chitãozinho e Xororó, tudo isso pela locução do eterno Tio Gonzaga. Saudades do café... E eternamente de quem o fazia.


                Não que tenha sido um contato muito espirituoso nessa época, mas é clara a lembrança de meu avô ponteando um violão. Alguma musica antiga, muito antiga, ‘Capricho Cigano’ talvez? Enfim. Aquilo me fascinava, mas por mais que eu tentasse, não parecia ter sentido nenhum o que eu tocava nas 6 cordas.          
                Aos doze anos e você se dando conta que nada do que você fez foi significativo, você sendo um nerd... quer chamar atenção das garotas... Não sendo bom em esportes, o que você faz? Cidade pequena... Qual a alternativa?


Ganhei meu primeiro violão, um Kashima com encordoamento em aço e fui inscrito em cursos... Bom era aquele tempo onde sentava e tentava tocar o que a profe Rozane com sua paciência inenarrável passava. “Pestana denovo?”, “Como faz esse F#??”. Quantas às vezes no começo de querer que a aula acabasse logo... Mas graças aos céus foi só o começo, Depois não quis mais parar.

Sim, vergonha alheia, eu sei


Nerd Zeppelin... não me julguem!


                Meu contato com rock and roll deu-se com Engenheiros do Hawaii, posso dizer que Humberto Gessinger foi a ‘porta de entrada’ para bandas como Legião Urbana, Titãs,The Doors, Pink Floyd, Led Zeppelin... Tantos e em tão pouco tempo... o universo musical foi realmente se alastrando... o social? Se fechando um pouco... mas isso por pouco tempo.
Sim, ele é, foi e sempre será a minha maior influência no rock nacional heheheh

                No ensino médio, meu contato com heavy metal foi grande, e lá também fiz amizades que durarão para a vida toda. Tafarel, Everton, Eve, Luan, José Henrique. Toquei em palcos improvisados... Fugia da aula pra tocar violão para as meninas... Pode rir... Quem nunca cometeu essas bobices?
                Mergulhei de cabeça no Jazz e no progressivo, bem como suas vertentes, conhecendo muito de King Crimson, Opeth, Gentle Giant, Dream Theater, Fates Warning, O Terço, Mutantes, Jethro Tull, Steven Wilson, Porcupine Tree...
Esses dois aí, se não forem as maiores influências diretas no que eu escrevo... não sei quais são

                Hoje, meu gosto é variado, mas com qualidade, meus amigos sabem o quanto sou sarna: “Olha aqui que f@#$ esse som!!”, ou então me ‘usam’ como Jukebox “Me mande uma musica pra elevar o astral!”
                Muito cantei, muito assustei... Músicas que fizeram rir, chorar...  Muita composição, algumas gravações...   Se já tive bandas? Banda do colégio, algumas que duraram uma semana, outras que não saíram dos planos, o Stormrage com Pedro Benvenutti, e agora, a mais nova Stoned Sarah com o Tafarel, companheiro de longa data...  Isso sem falar nos covers espalhados pelo youtube e soundclouds da vida...
Talvez o texto de hoje seja um pouco fraco em relação aos outros... mas tive vontade de contar um pouco dessa experiência com a música e da importância que ela tem pra mim, como bem dizia Nietzsche, “Sem música a vida seria um erro”, e como iniciei o texto, na falta de algo melhor... fiz da música a minha liberdade.


                Pra vocês não saírem de mãos abanando... Uma ‘dica do dia’ crianças?

Inventem suas liberdades. Cantem, mesmo que desafinados, mas acreditem no que vocês fazem. 
Obs 1: Mas pelamor de qualquécoisa... Façam com qualidade e amor.
Obs 2: Tudo isso ao som de: All My Life – Foo Fighters (Irônico não?)



Obs 3: Nesse fim de semana me reunirei com os amigos de ensino médio para relembrar e fazer algum som. Essa nostalgia significa que estou ficando velho? hahaha


Ta.... só mais uma musiquinha vai... não mata ninguém...





1 comentários:

  1. Adorei Mitrut, e discordo sobre esse ser um texto "fraco" diante dos outros.
    Minha história é o inverso da sua, tanto que fui conhecer o seu amado Gessinger tem pouco tempo.
    Meu primeiro contato foi com o Heavy Metal, e só depois que abri meus horizontes musicais... hoje sou bem mais eclética do que fui durante pelo menos 18 anos da minha vida.
    Tem dias que inicio escutando Rita Lee, depois vou pro Doors, depois Floyd, as vezes escuto um Velhas - pra não perder o costume - e até mesmo Mallu Magalhães...
    Vai entender o que essa tal de liberdade ai significa né?
    Mas mesmo eu não tendo nenhum dom musical, não me imagino sem a música. É uma das poucas coisas que me faz ver a vida um pouco melhor naquelas fases tristes que todos nós passamos.

    (:

    Ansiosa pelo próximo texto ;)

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